terça-feira, 28 de janeiro de 2014
O Vinho
O Vinho
E, da parra espreitando o gesto insubmersível,
dizemos nele haver indícios penitentes
da líquida e casta sofreguidão. Impoluto,
o vinho recompensa os horizontes, desfigura
em tempo inverso da miséria o desconforto.
Eis do vinho
a breve e difusa tenção, o lento ardor.
Retirai do vinho o esquecimento —
resta um pasmo acre e sem memória.
Retirai-lhe o sono e a viola — oh, não restará
senão o impasse nu.
Não violeis jamais do vinho
a clara redenção. Respeitai sempre
o purpúreo consolo que o habita.
E, se acaso
a terra trabalhais em água e dor,
cultivai sempre o futuro incorruptível,
o sonho trasfegado
em vossos lagares manipulai,
por forma a oferecer sempre aos transidos
irmãos vossos
a vida re-habitada, o fresco e branco acto
de beber.
Poema de A. M. Pires Cabral,
poeta e prosador transmontano.
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João Sem Vinho,
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Desejo que cada uma das pessoas empreendedoras que estão dentro de empregos desalinhados com os seus talentos, conquistem a liberdade para abrirem os seus próprios negócios.
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